Quintana no Céu
“Eu, aquele estranho”, por Lucas Luiz
a fila de almas fadigadas
e reclamonas, com tuas senhas
de números intermináveis,
dobra além de Órion
São Pedro esqueceu-se
do portão do céu
sentado aos pés
de Quintana
deleitando-se
com teus novos versos
Deus tem toda eternidade,
azar de quem apressou-se em morrer
quando o dia é de poesia
eis o melhor a se fazer:
manter-se com ouvidos atentos
e vivo.
Quintana joga tênis
com arcanjo Miguel
Quintana tem milhares
de combinações
no tinder celestial:
como mágica (alheio ao motivo)
a fila multiplicou-se
Mas Quintana diz evitar matemática…
por Lucas Luiz, jovem escritor guararemense